Miguel Reale Júnior. O Estado de São Paulo, 2 de outubro de 2022:

A necessidade de apoiar o PT em 1989 e em 1992, para buscar derrotar Collor e Maluf, renova-se hoje, com muito maior gravidade. Na eleição presidencial de 1989, na qual os maiores partidos foram derrotados no primeiro turno, trabalhei em prol da candidatura do meu mestre Ulysses Guimarães, de quem fora assessor especial na Constituinte e a pedido de quem obtive de vários advogados alagoanos retrato de corpo inteiro de Collor, não denunciados na campanha, por causa da índole própria de Ulysses de não recorrer a acusações mesmo que pertinentes. Mas a biografia do “caçador de marajás” era comprometedora, a começar pelo escândalo da restituição do ICMS da cana aos usineiros, seus correligionários, que já tinham sido ressarcidos pelo Instituto do Álcool e do Açúcar, seguida da concessão de isenção do ICMS. 

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